A partir de segunda-feira as refeições populares de Porto Alegre terão novo endereço, mas de forma provisória. Isto porque a Prefeitura, por intermédio da Secretaria de Desenvolvimento Social e Esporte, contará com uma alternativa temporária para o Restaurante Popular, que passa por reformulação para atender melhor e a mais pessoas em situação de vulnerabilidade social na Capital. A secretária, Comandante Nádia, explicou que “em um momento de mais agrura, sempre há um anjo da guarda”, referindo-se à Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (Adra), que ficará responsável pelas refeições.
“Eles nos darão a mão trazendo uma carreta de 18 metros, equipada com uma cozinha e uma lavanderia, ambas industriais. Além do apoio dos seus voluntários, que ficarão responsáveis por confeccionar o almoço. A Prefeitura está adquirindo os gêneros, que serão entregues à Adra para a confecção da refeição, sempre sendo controlado pelo nosso departamento de segurança alimentar”, afirmou. Conforme Nádia, serão ofertados pelo menos 150 almoços, de segunda a sexta-feira, no Ginásio Tesourinha. Este serviço deve ser oferecido “até que a realidade de Porto Alegre seja adaptada”.
“Nós queremos cinco restaurantes descentralizados, que atendam efetivamente aquela pessoa que está lá no extremo Sul, por exemplo, que também precisa comer e não tem dinheiro para chegar até o Centro. Então é isso que nós queremos, estabelecimentos que não apenas entreguem um prato de comida, mas que façam mais do que isso, atendam aquela pessoa no seu todo”, destacou. Segundo ela, a intenção é de que os novos pontos contem com abordagens multidisciplinares. “O que aquela pessoa que está comendo, que está na rua, está precisando? É habitação? Nós temos o programa Mais Dignidade. É profissionalização? Nós temos cursos profissionalizantes. É emprego? Nós temos o Sine”, detalhou.
O Restaurante Popular fechou na última quinta-feira, pelo término do contrato com a empresa prestadora do serviço. O objetivo, de acordo com Nádia, é fazer com que as pessoas não recebam somente um prato de comida “como um assistencialismo barato”. “Que elas possam ser independentes e protagonistas das suas vidas”, disse. A Prefeitura deve investir R$ 70 mil na compra de alimentos para 60 dias. “Até 90 dias temos capacidade de atender”, reiterou. Sobre o edital para os novos restaurantes, Nádia enfatizou que será na modalidade de Chamamento Público e não de Licitação, como ocorreu em janeiro.