A Justiça de São Paulo manteve a medida de internação ao adolescente de 17 anos acusado de ser um dos mentores do ataque à Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, no interior paulista, em 13 de março. Com isso, ele fica internado por prazo indeterminado e passa por avaliações periódicas de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), segundo informou o Tribunal de Justiça de São Paulo. A decisão é do dia 30 de abril.
O jovem permanece internado desde 19 de março na Fundação Casa. Segundo o Ministério Público, a apreensão ocorreu após diligências da polícia analisarem o conteúdo do celular e do tablet dele e indicarem a participação no planejamento das mortes.
Após a apreensão do adolescente, o advogado de defesa Marcelo Feller negou, em entrevista, que ele tenha ligação com o crime. O advogado disse à época que algumas provas foram vazadas de forma parcial para dar sustentação à tese de participação de uma terceira pessoa no planejamento do atentado.
Atentado
O ataque à escola, ocorrido na manhã de 13 de março, teve a participação direta de dois ex-alunos – um adolescente de 17 anos e um rapaz de 25 anos – encapuzados e armados, e que também morreram. Antes, ambos mataram duas funcionárias da escola, cinco alunos e um comerciante que era tio de um dos atiradores.
O atentado deixou mais 11 feridos, um deles, de 15 anos, ainda internado na enfermaria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, em estado estável.