Acontece nesta quarta-feira, em Tapera, na região do Alto Jacuí, o julgamento do homem que invadiu uma casa paroquial e baleou a esposa, Patricia Kolling, e o padre Eduardo Pegoraro, em maio de 2015. O réu, Jairo Paulinho Kolling, cometeu o ato por desconfiar que os dois mantinham um relacionamento amoroso. O religioso levou dois tiros no peito e morreu no local. Patricia sofreu disparos nas costas e sobreviveu.
O réu é julgado pelos crimes de homicídio consumado, duplamente qualificado, e homicídio tentado, triplamente qualificado. Não há previsão para que testemunhas prestem depoimento. O julgamento ocorre no salão da Câmara Municipal de Vereadores e é presidido pelo juiz Márcio César Sfredo.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, o crime teve como motivos ciúmes e vingança. Jairo deduziu que havia algum tipo de relacionamento amoroso ao ler um bilhete enviado pelo padre a Patrícia. De acordo com o MP, a mensagem continha um convite para conversar sobre os horários das aula de violão aos seminaristas, que ela vinha ministrando. Ao fim da mensagem, o padre se despedia com a saudação: “um grande abraço e um beijo”.
Durante a instrução, a Justiça ouviu a vítima, 13 testemunhas e o réu. Em juízo, Jairo afirmou que o que motivou os disparos foram as mensagens e o “ar debochado” frequente do padre. Ele disse, ainda, que agiu sob nervosismo e que não sabe o motivo pelo qual baleou a esposa.