O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou, em postagens no Twitter, que a reconstrução da Catedral Notre-Dame pode ocorrer, em até cinco anos, em Paris. Um incêndio destruiu parte importante da igreja, como a cobertura, a armação e a torre conhecida como flecha, que desmoronou.
“Somos um povo de construtores. Temos muito a reconstruir. Então, vamos reconstruir a Catedral de Notre-Dame, ainda mais bonita, e espero que seja concluída em 5 anos, nós podemos”, afirmou.
O presidente lembrou que a história do país é marcada por episódios do tipo e pelo esforço dos franceses em retomar o patrimônio. “Ao longo de nossa história, construímos cidades, portos e igrejas. Muitos foram queimados ou destruídos por guerras, revoluções e erros dos homens. E, a cada vez, os reconstruímos.”
Macron também ressaltou a reação à tragédia, que segundo ele demonstrou a capacidade de “mobilizar e unir” os franceses. O mandatário convocou uma campanha de doações que teve retorno imediato por grandes empresários e famílias com grande poder aquisitivo.
O secretário de Estado do Interior da França, Laurent Nuñez, informou hoje que a preocupação das autoridades é assegurar a segurança da construção e que foram encontrados “alguns pontos vulneráveis”. Em razão desses riscos, prédios vizinhos tiveram de ser evacuados de forma preventiva.
O trabalho nesses pontos mais vulneráveis deve continuar pelos próximos dois dias, acrescentou Nuñez. Depois disso, a expectativa das equipes é que seja possível entrar no local para resgatar as obras de arte. Segundo o secretário, parte delas está preservada.
Amanhã, as 103 catedrais francesas prestarão uma homenagem à Notre-Dame tocando sinos no horário em que o incêndio começou, às 18h50min (13h50min de Brasília).
A construção da Catedral de Notre-Dame na Île de la Cité, uma pequena ilha rodeado pelo rio Sena, na capital Paris, começou em 1163 e se estendeu até 1345. A catedral é o monumento mais visitado de Paris e da Europa, à frente de outras construções, como o Museu do Louvre e a Torre Eiffel – em 2018 foram mais de 13 milhões de frequentadores.