O governo pretende abrir diálogo com 22 partidos, somando 372 parlamentares na Câmara, para que componham a base aliada. Essas legendas não se declararam claramente de oposição. Para o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), esse é o potencial de alcance de apoio ao governo na Casa.
O deputado falou com a imprensa, hoje, no Palácio do Planalto, ao chegar para uma reunião com o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e os demais líderes governistas no Legislativo: a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), líder no Congresso, e o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), líder no Senado.
O governo corre para buscar apoio para votações importantes no Legislativo, principalmente a reforma da Previdência, que depende de ampla maioria, já que o quórum exigido para aprovação da matéria, que é uma emenda constitucional, é de 308 votos em dois turnos de votação.
“Houve um momento em que a imprensa e alguns analistas divulgaram como se houvesse uma intenção do governo Bolsonaro de não dialogar com os partidos, mas sim a frentes temáticas. Isso não é verdade, nunca foi uma intenção do governo. Sempre houve a intenção de trabalhar e articular dentro do Congresso com os partidos e mais uma vez vai ficar claro isso”, acrescentou o Major Vitor Hugo.
Segundo ele, na próxima quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro recebe cerca de cinco líderes de partidos para tratar da reforma da Previdência na Câmara.