O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse hoje que está confiante na aprovação da reforma da Previdência e que houve “muito ruído de comunicação” nas últimas semanas. A declaração ocorreu após almoço com o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), o secretário especial da Previdência Social, Rogério Marinho e lideranças da base aliada.
“Estou muito confiante de que os poderes, independentes, estão harmonicamente buscando aperfeiçoamento institucional do Brasil. Existem os ruídos de comunicação, houve muito combate durante a campanha e esse barulho vai diminuir e os exercícios das próprias funções vão fazendo uma convergência, uma harmonização. Eu acho que isso é natural, o barulho está um pouco acima, exatamente porque houve esse choque inicial”, afirmou.
Segundo Guedes, o desentendimento entre Maia e o presidente Jair Bolsonaro “foi um barulho”. Para o ministro, Maia vem se mostrando um interlocutor entre o Legislativo. “Maia tem me apoiado muito e facilitado as conversas mais frequentes com políticos para que se explique a importância da nova Previdência”, afirmou.
Já Maia disse que a presença do ministro na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, na próxima quarta-feira, vai facilitar a compreensão pelos parlamentares da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que altera regras de previdência no país. “O diálogo com o ministro Paulo Guedes tem sido muito importante. Desde o início do governo, ele tem sido um interlocutor importante, e a participação dele ajuda muito no convencimento dos parlamentares. A ida dele na Câmara será importante para que ele possa mostrar os benefícios que uma reforma difícil vai dar para a sociedade brasileira”, disse.
“Tenho certeza que nós vamos, daqui para frente, colocar os trens nos trilhos para que a gente possa caminhar com velocidade”, completou Rodrigo Maia.
Guedes esteve, ontem, em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Na ocasião, ele reiterou que a economia final de recursos com a reforma da Previdência não pode ficar abaixo de R$ 1 trilhão, sob pena de impedir a adoção do regime de capitalização (quando o trabalhador financia a própria aposentadoria) para os jovens que entrarão no mercado de trabalho. Ele defendeu que a oposição também apoie a reforma da Previdência para conseguir governar, caso ganhe eleições no futuro.