O primeiro dia de paralisação de servidores públicos do município, em Porto Alegre, nesta segunda-feira, teve impacto restrito, de acordo com a Prefeitura.
No início da noite, a administração assegurou que a maior parte dos serviços públicos segue sendo prestada à população. No caso dos serviços contratualizados ou terceirizados, não houve adesão ao movimento. Nos 4 mil leitos disponíveis nos oito hospitais da Capital administrados pelo município, também não ocorreram problemas no atendimento. De acordo com o Município, pessoas que eventualmente foram prejudicadas podem ligar para o número 156 da prefeitura e registrar a ocorrência.
Na área de serviços urbanos, todos os trabalhos continuaram sendo executados normalmente por equipes próprias e empresas contratadas, e as 215 escolas comunitárias conveniadas funcionaram regularmente hoje. Na Fasc (Fundação de Assistência Social e Cidadania), os 260 serviços prestados por meio de parcerias e os 48 por equipes próprias também não sofreram impacto da greve.
Alguns casos de restrição nos atendimentos ocorreram em unidades de saúde estatais das regiões Sul/Centro-Sul, Norte/Eixo Baltazar, Glória/Cruzeiro/Cristal, Leste/Nordeste, Partenon/Lomba do Pinheiro e Restinga/Extremo Sul.
Nas 99 escolas estatais, 14 ficaram paralisadas e 43 sofreram impacto parcial. Em 32, não houve greve e dez ainda estão em férias devido à paralisações de anos anteriores.
No Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), 15 servidores de um total de 123, aderiram à paralisação. Entre as 20 gerências, apenas duas registram movimento grevista. Em uma delas, com 52 servidores, dois aderiram à mobilização. E em outra, 13 dos 71 servidores paralisaram. Já os serviços terceirizados do Dmae não tiveram adesão.
Corte de ponto
A greve ocorre em função da votação, na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, do projeto de lei que reestrutura o plano de carreira dos servidores. Nesse domingo, a Prefeitura garantiu, por meio de nota, cortar o ponto dos que não trabalharem.
Ainda na nota oficial, o Executivo reafirmou que “considera a nova greve como ilegítima”. Conforme a Prefeitura, o Projeto de Lei Complementar do Executivo (PLCE 02/2019), “seguiu todos os trâmites legais para ir à votação”.
O comunicado cita, ainda, que o projeto “não muda o regime de trabalho dos servidores, apenas reduz os aumentos automáticos”, e que essas “correções já foram feitas em nível estadual e federal”.