Não é final de Libertadores, nem Gre-Nal. É Renato Portaluppi. O treinador tricampeão da Libertadores foi definitivamente imortalizado, nesta segunda-feira, com a inauguração de uma estátua que retrata a comemoração dos gols do Mundial de 1983. Milhares de gremistas invadiram a esplanada da Arena no fim da tarde, enquanto era desvelado o tributo ao técnico e ex-jogador.
O presidente, Romildo Bolzan Jr, foi ao microfone e exaltou a estátua como um símbolo de todas as grandes conquistas do Grêmio. Mas ele enfatizou. “Este é um símbolo do grande homem, do grande cidadão que tu és, Renato Portaluppi.”
Em seguida, foi a vez de Renato, e as lágrimas não demoraram dez segundos a surgir. “Eu falei com várias pessoas, sobre o que ia dizer e me repetiram: ‘fala com o coração’”, parou ali a declaração do técnico, que começou a chorar. Ele se recuperou em seguida: “É difícil até falar com o coração. Se eu já era gremista, agora então nem se fala. Meu sangue sempre será azul”, destacou, para em seguida lembrar a família. “Eu queria muito que meus pais estivessem aqui”, completou o treinador, enxugando o choro.
Depois do discurso, o grande momento. Renato segurou uma das pontas e puxou o pano preto até surgir a apoteose do campeão de 1983. Renato enxugou mais umas lágrimas, reverenciou a torcida e, depois de posar para as fotos, foi para a galera. A segurança precisou correr para formar a proteção ao técnico, imediatamente abraçado por centenas de mãos nos gradis da esplanada gremista. Renato recuou mediante tanta emoção, fazendo uma nova reverência, e insistiu. Foi para mais um abraço na torcida, a consagração definitiva de um ídolo no futebol.