A elucidação do assassinato da vereadora Marielle Franco e de Anderson Gomes – crime que causou repercussão no país e no mundo – é o principal compromisso da Delegacia de Homicídios da Capital (DH-Capital), disse hoje Daniel Rosa, o novo chefe da divisão, ao tomar posse.
Suspeitos de executar a vereadora e o motorista dele foram presos às vésperas de o crime completar um ano, em 14 de março. O mandante e a motivação do crime permanecem desconhecidos, ainda assim.
O desdobramento do caso é parte da segunda etapa da investigação e vai contar com “o mesmo tratamento e tecnologia” utilizados na etapa anterior, garantiu Rosa. Por meio do cruzamento de dados dos celulares dos suspeitos, no local do crime, foi possível identificá-los, explicou a Polícia, em março.
“Nessa investigação, em especial, serão aplicadas todas as técnicas que já vinham sendo feitas pela Polícia Civil e vamos seguir”, declarou Rosa, no evento de posse. “[Quem mandou executar Marielle e Anderson?] Essa é a pergunta que todos querem uma resposta”.
Segundo o delegado, desde que a mudança no comando foi anunciada, policiais vêm trabalhando na transição para que nenhuma investigação seja prejudicada. Novos passos do caso Marielle, especificamente, serão mantidos em sigilo. “Não temos como precisar o tempo [da resolução]. Se é um ano, seis meses, dois anos. Trabalharemos arduamente”.
O delegado Daniel Rosa assume a DH com a saída de Giniton Lages, que vai fazer um curso de especialização no exterior. O secretário da Polícia Civil Marcus Vinicius Braga deu boas vindas ao novo chefe, oferecendo apoio nas investigações.