A economia com as mudanças nas carreiras para os militares deve chegar a R$ 10,45 bilhões em 10 anos, divulgaram hoje os Ministérios da Economia e da Defesa. O valor é resultante da economia de R$ 97,3 bilhões com a reforma da previdência dos militares, menos o custo de R$ 86,85 bilhões decorrente da reestruturação da carreira.
Em 20 anos, informaram os dois ministérios, a economia com as novas regras para os militares salta de R$ 10,45 bilhões para R$ 33,65 bilhões. Veja aqui a síntese da proposta.
Ao entregar a proposta de emenda à Constituição que reforma a Previdência Social, em 20 de fevereiro, a equipe econômica anunciou que as novas regras para as pensões dos militares tinham potencial para gerar economia de R$ 92,3 bilhões em 10 anos. Esse valor, no entanto, não incluía o impacto dos aumentos de adicionais para os militares nem a reestruturação da carreira para as Forças Armadas.
Segundo o Ministério da Economia, a reforma na Previdência dos militares também deve gerar, para os estados, economia de R$ 52 bilhões. Isso porque, de acordo com a proposta, policiais militares e bombeiros estarão submetidos às mesmas regras de aposentadoria que as Forças Armadas.
A transferência para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) das contribuições dos militares temporários, que permanecem até oito anos nas Forças Armadas, vai gerar impacto positivo de R$ 10,3 bilhões. Essa mudança, no entanto, não vai gerar efeito fiscal porque o dinheiro que hoje fica no orçamento do Ministério da Defesa passa para o INSS, sem impacto no Orçamento Geral da União.