Porto Alegre registrou o primeiro caso autóctone de dengue neste ano. O paciente sentiu os primeiros sintomas em 22 de fevereiro e é morador do bairro Rubem Berta, na zona norte da Capital. O alerta epidemiológico foi emitido nessa quarta-feira pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Em função disso, serão desencadeadas medidas de controle ambiental contra o mosquito transmissor da doença, Aedes aegypti. Ele também pode transmitir chikungunya e zika vírus.
Nesta quinta-feira, em função da confirmação do caso, foram realizadas aplicações de inseticidas em dois bairros de Porto Alegre, no Santa Rosa de Lima e Jardim Leopoldina. A primeira aplicação foi feita na região próxima à casa do paciente. Em seguida, houve a mesma ação perto do local de trabalho dele. O trabalho é feito para diminuir o risco de transmissão viral. “A pulverização de inseticida é realizada para evitar que o paciente seja picado por uma fêmea, que depois, ao picar outra pessoa, vai iniciar o ciclo de transmissão local, na tentativa de eliminar os mosquitos que possam ter se infectado durante o período de viremia dos pacientes”, explica a médica veterinária Rosa Maria Carvalho, que coordena a ação em campo.
A SMS reitera a importância de os casos suspeitos serem notificados, já no momento do atendimento. Os exames sorológicos, que confirmam a doença, são encaminhados através da Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde (CGVS), no momento da notificação. Os principais sintomas de dengue são febre alta de início súbito, com duração máxima de sete dias, acompanhada de pelo menos dois outros sintomas, como cefaleia, dor nos olhos, mialgia, náuseas e vômitos.