Sete escolas de samba fecham desfiles do Grupo Especial no Rio

Apresentações ocorrem na noite desta segunda

Rio de Janeiro - A Império Serrano abre o primeiro dia de desfiles do Grupo Especial das Escolas de Samba do Rio, na Sapucaí (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

A disputa da elite do Carnaval carioca termina nesta segunda-feira, com a apresentação de mais sete agremiações na Marquês de Sapucaí. A São Clemente abre as apresentações com uma reedição do enredo “E o samba sambou”, de 1990. A escola fará uma crítica bem-humorada à mercantilização do samba, abordando a paixão dos sambistas, a essência de uma grande festa popular e a saudade dos antigos Carnavais.

Já a Vila Isabel vem com “Em nome do Pai, do Filho e dos Santos, a Vila canta a cidade de Pedro”, que saudará e contará o legado de Petrópolis, uma cidade construída por imigrantes e que se consagrou como a cidade imperial. O enredo vai da construção à celebração da Princesa Isabel.

Terceira a desfilar, a Portela, que completa 95 anos de história em 2019, vai homenagear a cantora Clara Nunes com “Na Madureira moderníssima, hei sempre de ouvir e cantar um sabiá”. A escola destacará a diversidade e a atualidade da biografia e do repertório da artista, que marcou época ao ser a primeira cantora brasileira a vender mais de 100 mil cópias.

Logo depois, a União da Ilha promoverá um encontro fictício entre dois ícones da literatura cearense em pleno sambódromo. A escola apostará em “A peleja poética entre Rachel e Alencar no avarandado céu” para destacar Rachel de Queiroz e José de Alencar. Durante a evolução, a agremiação também vai homenagear o Ceará.

O vice-campeonato inédito em 2018 serviu de motivação para a Paraíso do Tuiuti lutar pelo pódio. A escola vem em 2019 com o enredo “Salvador da Pátria”, contando a história do Bode Ioiô, animal que recebeu votos suficientes para ser eleito vereador em Fortaleza, na década de 1920.

Na sequência, a Estação Primeira de Mangueira vem com “História para ninar gente grande”. A escola pretende contar o lado não oficial de personagens da História do Brasil, propondo uma narrativa de “páginas ausentes” e repensando as narrativas oficiais que foram ensinadas ao longo de gerações para os brasileiros.

Fechando a disputa da elite do Carnaval do Rio de Janeiro, a Mocidade Independente de Padre Miguel apostará no enredo “Eu o Tempo. O Tempo é Vida”, mostrando a relação entre a humanidade e a contagem da passagem do tempo. Os destaques ficam por conta do tempo e suas engrenagens.

Ordem dos desfiles:
21h15min – São Clemente
22h20min – Vila Isabel
23h25min – Portela
0h30min – União da Ilha
01h35min – Paraíso do Tuiuti
02h40min – Mangueira
03h45min – Mocidade