Em reunião realizada nesta terça-feira, em Brasília (DF), representantes do setor arrozeiro discutiram com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e demais representantes dos Ministérios da Agricultura e da Fazenda, questões relacionadas aos problemas enfrentados pela cadeia orizícola no país. Um dos principais entraves dos produtores, o endividamento, que hoje passa de R$ 2,5 bilhões, foi um dos temas debatidos.
A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), esteve presente com o presidente Henrique Dornelles e o vice-presidente Alexandre Velho. Conforme Dornelles, houve o aprofundamento do debate da questão do endividamento do setor na qual o Ministério da Fazenda ficou de entregar uma proposta para a solução do problema. “A Fazenda já está trabalhando nisto para ver uma proposta e se o setor aprova”, destacou.
Sobre a guerra fiscal entre os Estados do país, o presidente da Federarroz salientou que Unidades da Federação como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo e Goiás, que conseguem incentivos fiscais para o arroz importado, acabam prejudicando a produção nacional. A entidade coloca isto como prioridade na pauta, já que a colheita do arroz já está em andamento. “O produtor estará com produto e precisamos escoar esta produção”, observou.
Sobre os custos de produção Dornelles afirmou que no próximo dia 20 de março o tema será aprofundado com os ministérios da Fazenda e da Agricultura. O dirigente reforçou também a presença da Associação Brasileira dos Supermercados (Abras), que mostrou que deseja colaborar com o momento e explicou que o arroz, juntamente com outros produtos, foi atingido com a grave recessão, mas já estão identificando novamente um aumento do consumo. Além da Federarroz, Fetag/RS e Farsul também estiveram presentes na reunião.