Prefeitura vai cortar ponto de grevistas e estuda ingressar na Justiça para barrar greve de servidores na Capital

Executivo classifica mobilização como protesto político. Trabalhadores criticam proposta que reestrutura e extingue vantagens dos servidores

Foto: Giulia Secco/CMPA

A Prefeitura de Porto Alegre confirmou que vai cortar o ponto dos servidores municipais, que aderirem a greve marcada para esta terça-feira. Além disso, o Executivo estuda ingressar na Justiça na segunda a fim de evitar a paralisação. Os servidores decidiram cruzar os braços em protesto contra o projeto de lei que entrará em votação na semana que vem na Câmara de Vereadores da Capital, que altera o Estatuto dos Funcionários Públicos do Município.

Em nota, o Paço Municipal considera que a greve, anunciada na sexta-feira, não tem “justa causa” e “fica evidente, mais uma vez, se tratar de uma greve política”. Além disso, integrantes do governo criticam decisão da categoria de iniciar nova paralisação, na semana que antecede o Carnaval, assim como já ocorrera na Copa do Mundo em Porto Alegre.

O Sindicato dos Municipários (Simpa) é contrário ao novo projeto elaborado pelo Executivo que acaba com a progressividade do percentual dos regimes. O texto também altera os avanços de 5% a cada três anos para 3% a cada cinco anos e extingue o adicional por tempo de serviço, além de alterar as Funções Gratificadas (FGs).