Entendo que Odair Hellmann faz um trabalho muito interessante no comando técnico do Inter. Poucos acreditavam que o time pudesse chegar aonde chegou em 2018. Mesmo com limitações no elenco, a equipe conquistou uma vaga na Libertadores e chegou a sonhar com o título brasileiro.
Sigo achando que o trabalho é bem feito. Para 2019, o grupo ganhou em quantidade mas a qualidade segue praticamente a mesma. No time titular, por exemplo, Fabiano foi substituído por Zeca, que era seu reserva. Com a saída de Leandro Damião, o Inter buscou Tréllez para jogar enquanto Guerrero segue suspenso. Nas outras nove posições, a nominata é a mesma.
AS VARIAÇÕES TÁTICAS
Quando pensa em variar taticamente, Odair quer, na verdade, aumentar o repertório de possibilidades. O problema é que partir do 4-1-4-1 para o 4-2-3-1 implica em mudanças importantes no posicionamento de setores vitais do time. O principal deles, penso, é o sistema de cobertura para auxiliar os laterais, frágeis na marcação.
Arrumar o time de trás para frente explica o teste com Émerson Santos na lateral no primeiro jogo do ano. Também explica a titularidade de Uendel no último domingo. Iago, que não é mau jogador, vem de jogos ruins desde o meio do ano passado. Zeca, trazido como solução, até agora não apresentou nada para ser rotulado como indiscutível.
O TIME DE TRÁS PARA FRENTE
Entendo a discussão sobre Pedro Lucas ou Tréllez no ataque. Também percebo as conversas sobre o melhor posicionamento para D’Alessandro, Nico López e Neilton. Tudo isso é válido. Mas o ponto de partida para a solidez do time consiste na adequação do sistema defensivo. Os laterais precisam jogar mais.
Ou a direção terá de contratar. De novo.