A Defensoria Pública da União no Rio Grande do Sul (DPU/RS) pediu que a Corregedoria do órgão apure o caso que envolve uma servidora pública federal lotada na unidade, suspeita de ter abandonado, na sexta-feira passada, um cão da raça São Bernardo, em uma rua do bairro Hípica, na zona Sul de Porto Alegre. O animal morreu na manhã de hoje.
Em nota, a Defensoria se comprometeu com o “respeito aos princípios do devido processo legal e do contraditório” e informou que, após a apreciação do caso pela Corregedoria, vai ter condições de indicar ou não o cabimento de eventuais sanções. “A Defensoria Pública da União não coaduna com nenhuma atitude de maus-tratos a animais”, esclarece o órgão.
Ligada à causa animal, a deputada estadual Regina Becker Fortunati (PTB), que em fevereiro assume como secretária de Trabalho e Assistência Social do Rio Grande do Sul, protocolou, no Ministério Público Estadual, uma denúncia contra a tutora do cão, que era chamado de Gordo.
Os promotores Alexandre Saltz e Ana Maria Marchesan, da Promotoria de Defesa do Meio Ambiente de Porto Alegre, acolheram os documentos reunidos como prova do crime de maus-tratos e abandono.
No fim de semana, protetores de animais protestaram contra a situação, na orla de Ipanema, e resgataram outros dois cães que eram mantidos na casa da tutora, vazia desde o domingo.
De acordo com Regina Becker, o cão tinha estado avançado de miíase na pálpebra direita, movimentos involuntários nos quatro membros e cinomose.