O senador eleito pelo Rio de Janeiro Flávio Bolsonaro criticou, em entrevista exclusiva à Record TV nesta sexta-feira, a investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro que envolve movimentações financeiras do ex-assessor dele, Fabrício Queiroz. Nessa quinta, o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu o andamento do processo. Flávio reclamou, ainda, que teve o sigilo bancário quebrado de maneira ilegal.
“Quando tive acesso aos autos, descobri que o MP estava me investigando ocultamente desde meados do ano passado e utilizando vários atos ilegais. Meu sigilo bancário foi quebrado sem a devida autorização judicial”, afirmou. “Sequer o MP buscou a jurisdição competente para ter a autorização para fazer isso.”
Para ele, o pedido ao STF para suspender a investigação é para que seja definido qual foro deve investigá-lo. “É o que o MP deveria ter feito. Não tenho nada para esconder de ninguém. Onde o STF determinar que tenho que ir para fazer os esclarecimentos, eu vou”, afirmou. “Não tenho nada a esconder.”
Sobre o ex-assessor, Flávio Bolsonaro reiterou não ter responsabilidade sobre terceiros e disse que vê “exploração em torno” da investigação sobre Queiroz. “Não tenho culpa se o cara teve um câncer e precisou fazer uma cirurgia”, argumentou, contando que não teve mais contato com Queiroz. “Se falar com ele, ainda vão dizer que estou combinando versões”, completou.