Os rodoviários terão mais reunião, em data a ser definida, com o Sindicato das Empresas de Ônibus de Porto Alegre (Seopa) para discutir a pauta da campanha salarial 2019 da categoria. Na segunda-feira passada, a direção do Sindicato dos Trabalhadores de Transporte Rodoviário de Porto Alegre (Stetpoa) realizou a leitura da contraproposta da patronal na sede do sindicato, que fica no bairro Cidade Baixa.
O vice-presidente do Stetpoa, Sandro Abbàde, afirmou que os trabalhadores querem reajuste de 5,5% equivalente ao INPC, que até o mês de novembro era de 3,05%, e ganho real de 2,5%, além de reajuste no vale-alimentação. Os rodoviários pedem ainda a alteração da cláusula 56, que determina que o intervalo mínimo seja de uma hora e que as empresas custeiem os cursos de qualificação profissional e exames toxicológicos obrigatórios para o exercício da profissão.
Outra proposta é a de que as empresas notifiquem o trabalhador rodoviário com 90 dias de antecedência sobre a realização de cursos, exames ou renovação da carteira nacional de habilitação. Segundo Abbàde, os rodoviários também não querem ser punidos administrativamente nem ter o salário descontado quando houver erro de identificação do passageiro em razão de defeito no cartão do usuário.
A data base dos rodoviários é 1º de fevereiro. A categoria é formada por cerca de nove mil profissionais entre motoristas, cobradores, fiscais e largadores.
A Seopa, que congrega quatro consórcios – Via Leste, Mais, MOB e Viva Sul -, informou por meio de nota que a reposição para todas as cláusulas vai se basear na inflação do período. O valor do prejuízo contabilizado pelas 11 empresas que fazem parte dos quatro consórcios, segundo o sindicato, chegou a R$ 137,6 milhões no período de fevereiro de 2016 a novembro de 2018.