Taxistas de Porto Alegre entregaram 5.668 laudos toxicológicos à Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) até esta terça, 15 janeiro. Dos 7.583 condutores cadastrados no sistema, 1.915 motoristas (25,25%) ainda não realizaram os exames. O prazo para recebimento da documentação, que teve início em outubro de 2018, se encerrou em dezembro do ano passado.
A partir de então, prestar o serviço somente é possível com apresentação do laudo do exame na Coordenação de Cadastro de Operadores (CCO) da EPTC, na avenida Erico Verissimo, número 100, de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h. A não apresentação do exame, situação constatada pelos agentes de trânsito em ações de vistoria feitas na cidade, já resultou em nove autuações.
O gerente de Fiscalização de Transportes da EPTC, Luciano Souto, adverte que o serviço de táxi, sem a entrega do laudo, rende multa administrativa de R$ 200,73 e o recolhimento do veículo. De acordo com ele, o condutor que não entregou o documento prossegue descadastrado, ou seja, ele precisa obrigatoriamente regularizar a situação para voltar a trabalhar.
O exame custa, em média, R$ 150 e o resultado é liberado em cerca de oito dias úteis. Desde 2016, o toxicológico é obrigatório para motoristas de caminhões, mas Porto Alegre se tornou a primeira cidade do Brasil a exigir o exame para motoristas de táxi. Ele identifica substâncias ilícitas até seis meses após o consumo.
A análise de fios de cabelo, pêlos ou unhas detecta o uso de maconha, cocaína, anfetamina, opiáceos e ecstasy.
Os mais de sete mil taxistas de Porto Alegre terão que realizar o exame uma vez por ano, assim como a renovação do carteirão, que não ocorre no mesmo período. No entanto, para realizar a renovação do documento é preciso estar com o toxicológico em dia.