A delegada Andrea Magno deixou o inquérito que investiga o assassinato da menina Eduarda Herrera de Mello, de nove anos, e que é conduzido pela Delegacia de Polícia da Criança e do Adolescente Vítima (DPCAV) do Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (DECA) da Polícia Civil. Transferida para o Departamento de Polícia Metropolitana na troca de governo, ela assegurou que, mesmo assim, vai seguir auxiliando a delegada Sabrina Dóris Teixeira, que assumiu o caso. As investigações permanecem em segredo de Justiça.
A criança sumiu na noite de 21 de outubro do ano passado, quando um homem de carro, não identificado, a levou da frente de casa, no bairro Rubem Berta, em Porto Alegre. O corpo apareceu na manhã do dia seguinte, à beira do rio Gravataí, em um barranco ao lado da ERS 118, em Alvorada.
O inquérito já soma mais de 700 páginas, com 162 diligências e 58 oitivas, além da checagem de 65 denúncias anônimas feitas à polícia. De acordo com Andrea Magno, a análise das imagens de câmeras de monitoramento permanece sendo realizada.
Entre as dificuldades encontradas pelos policiais civis está apenas o testemunho de crianças que viram o indivíduo levando embora a menina no carro. A inexistência de mais câmeras de monitoramento na região e a péssima imagem das existentes também se mostraram obstáculo às investigações.
“Estamos trabalhando com todas as possibilidades”, observou, referindo-se às hipóteses sobre a autoria que vão desde alguém próximo da família da menina até um desconhecido que agiu aleatoriamente. Andraa Magno chamou a atenção para o fato de que ter sido registrada no órgão nenhuma outra ocorrência parecida, nos últimos meses.