A defesa do médium João de Deus protocolou, nessa sexta-feira à noite, no Supremo Tribunal Federal (STF), um pedido de desistência do habeas corpus apresentado durante o período de recesso na Corte. O caso é analisado pelo presidente do STF, ministro Dias Toffoli.
O médium está preso desde 16 de dezembro, no Núcleo de Custódia de Aparecida de Goiânia (GO), sob a acusação de violação sexual mediante fraude e de estupro de vulnerável, crime que pode ter sido praticado contra centenas de mulheres. A defesa rebate as acusações.
De acordo com o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, a desistência é uma estratégia processual. Segundo ele, a defesa vai esperar o julgamento de outro habeas corpus protocolado na Justiça de Goiás, que retornou às atividades nesta semana, após o recesso de fim de ano.
O habeas corpus chegou ao STF em 20 de dezembro, primeiro dia do recesso no Supremo, mas não teve uma decisão sobre a soltura até momento. A desistência ainda precisa ser homologada pelo ministro Toffoli.
O Ministério Público de Goiás, que formou uma força-tarefa para cuidar do caso, recebeu mais de 330 denúncias de abuso sexual contra João de Deus de diversos estados brasileiros e do Distrito Federal.