O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, disse que o acordo de fusão entre as empresas Embraer, nacional, e Boeing, dos Estados Unidos, “preserva tudo o que nos interessa em termos de país”. Após a cerimônia de troca do Comando do Exército, hoje, em Brasília, Pontes explicou que as condições vêm sendo estudadas pela equipe da Força Aérea Brasileira.
“Vai ser uma ótima oportunidade para o país, preservando tudo que precisamos preservar, os funcionários, a nossa tecnologia, as empresas daqui e melhorando as possibilidades e oportunidades para a Embraer”, disse.
Ontem, detalhes do acordo foram apresentado ao presidente Jair Bolsonaro, que afirmou que o governo federal não vai se opor à fusão, já que não fere a soberania nacional e os interesses do país. O governo brasileiro detém a chamada “ação de ouro” (ou “golden share”, como é conhecida), que dá poder de veto a esse tipo de negociação.
O acordo em andamento entre as duas companhias prevê a criação de uma nova companhia, uma joint venture, no termo do mercado, na qual a Boeing fica com 80% das ações e a Embraer, com 20%. A Boeing assume a atividade comercial, mas não absorve as relacionadas a aeronaves para segurança nacional e jatos executivos, que devem permanecer sob o comando da Embraer.