O contrato de concessão da Rodovia de Integração do Sul, que compreende trechos das BRs 101, 290, 386 e 448, foi assinado na manhã desta sexta-feira no Palácio Piratini, em Porto Alegre. Com isso, a Freeway (BR-290) ganha duas praças de pedágios a partir da segunda semana de fevereiro. O valor de cada praça deve ser de R$ 4,30. Outros cinco pedágios devem entrar em funcionamento em até 12 meses, sendo quatro praças na BR 386 e mais uma na BR 101.
A administração das rodovias fica com a empresa CCR, que venceu a licitação realizada em novembro do ano passado. O prazo de concessão é de 30 anos, prorrogável por mais dez. O contrato assinado prevê investimentos de R$ 13,4 bilhões pelas próximas três décadas, sendo R$ 7,8 bilhões em obras e R$ 5,6 bilhões em manutenção, conservação e monitoramento. Todo o trecho da BR 386 que foi concedido será duplicado.
Para o governador Eduardo Leite, a concessão trará melhorias para o escoamento da produção gaúcha e, consequentemente, vai aumentar a competitividade do Estado. “A concessão vai viabilizar investimentos expressivos ao longo dos próximos anos para a duplicação de trechos que não são duplicados e conservação daqueles que já são numa rodovia que atende a produção gaúcha”, disse Leite.
Com o contrato assinado, empresa CCR terá de investir R$ 7,8 bilhões em 30 anos de concessão em trechos das BRs 101, 290, 386 e 448. A concessionária deve gerar 2 mil empregos diretos nos dois primeiros anos de gestão.@RdGuaibaOficial pic.twitter.com/YK9OCslP0o
— Carlos Machado (@_carlos_machado) January 11, 2019
No ato, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, saudou a “continuidade” dos governos para que projetos saiam do papel. Ele disse que o projeto de concessão dessas rodovias começou com Dilma Rousseff, continuou com Michel Temer e é assinado na gestão de Jair Bolsonaro.
Para o ministro, essa foi a assinatura do primeiro de muitos contratos de concessão que devem acontecer no governo do presidente Bolsonaro. “Nós vamos ter um programa ambicioso de concessões que vamos começar, em março, a disponibilizar para o mercado. Nós teremos 17 leilões de ativos aeroportuários, ferroviários e portuários. Em abril, teremos uma outra rodada de concessões e nós temos vários outros projetos de desenvolvimento na área de infraestrutura”, confirmou Freitas.
A empresa CCR estima que deve gerar dois mil empregos diretos nos dois primeiros anos de concessão da Rodovia de Integração do Sul.
O ministro da Secretaria de Governo da Presidência, Carlos Santos Cruz, também esteve presente no ato de assinatura do contrato. Ele disse que passa de 10 mil o número de obras não concluídas no País e que “O Brasil tem necessidade de completar essas obras”. Ele saudou a parceria da iniciativa privada nos governos.