Em cerimônia no Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, tomou posse hoje para um segundo mandato, que se estende até 2025. O juramento à Constituição ocorreu na Suprema Corte, porque Maduro não reconhece a Assembleia Nacional Venezuelana, dominada pela oposição. Em discurso, ele prometeu combater a corrupção e fazer “uma revolução moral” no país.
Para Maduro, a luta contra a corrupção é de toda a sociedade venezuelana, que sofre as consequências dos desvios e da desonestidade. “Esta não é uma luta de Maduro, é uma luta moral de toda a sociedade. Esta luta implica mudança cultural de toda a sociedade”, afirmou. “Temos um inimigo a vencer: a corrupção.”
Maduro disse que, no segundo mandato, pretende fazer da Venezuela um lugar melhor para viver, capaz de atrair investidores do mundo inteiro. “Não podemos falhar e não falharemos. Juro por minha vida”, afirmou.
Sucessor de Hugo Chávez (morto em 2013), Maduro chega ao segundo mandato em meio a uma forte crise econômica – com registros de hiperinflação e desabastecimento de alimentos e combustíveis – e humanitária, o que leva contingentes de venezuelanos a fugir, para países vizinhos, do desemprego e da fome.
Maduro se elegeu em maio do ano passado, com 67% dos votos válidos, em um pleito marcado por denúncias de fraude e uma abstenção de 54%. O presidente venezuelano rebate as acusações, dizendo que as disposições constitucionais foram cumpridas e que o mandato é legítimo.