A cesta básica de Porto Alegre registrou aumento de 8,9% no ano passado e encerrou 2018 com o valor de R$ 464,72, o terceiro mais alto do país. Conforme a pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgada nesta terça, os maiores custos do conjunto de bens alimentícios básicos foram apurados em São Paulo (R$ 471,44) e Rio de Janeiro (R$ 466,75).
Na capital gaúcha, o valor teve variação de 0,35% em dezembro na relação a novembro. Dos 13 produtos que compõem o conjunto de gêneros alimentícios essenciais previstos, nove ficaram mais caros em dezembro: a batata (19,53%), o café (4,45%), o açúcar (4,02%), a manteiga (1,57%), o feijão (1,47%), o óleo de soja (0,73%), a farinha de trigo (0,53%), a carne (0,20%), e o pão (0,11%). Em sentido contrário, quatro itens ficaram mais baratos: o leite (-6,84%), a banana (-2,66%)o arroz (-1,48%) e o tomate (-0,61%).
Em dezembro, o valor da cesta básica em Porto Alegre representou 52,95% do salário mínimo líquido, contra 52,76% em novembro de 2018 e 49,50% em dezembro de 2017. O trabalhador com rendimento de um salário mínimo necessitou, em dezembro, cumprir uma jornada de 107 horas e 10 minutos para adquirir os bens alimentícios básicos – superior à registrada em novembro (106h 47 min) e à verificada em dezembro de 2017 (100h 12 min).
Oito produtos ficaram mais caros em Porto Alegre
Na Capital, no valor acumulado dos 12 meses, oito produtos ficaram mais caros: tomate (83,48%), farinha de trigo (18,93%), batata (10,07%), pão (5,28%), óleo de soja (4,04%), manteiga (3,49%), carne (3,02%) o leite (0,38%). Quatro itens ficaram mais baratos: o café (-9,66%), o feijão (-7,06%), a banana (-6,84%) e o açúcar (-4,51%). O arroz é o único item que ficou estável (0,00%).
Valor cresce em todas as capitais em 2018
Em 2018, o valor da cesta básica aumentou nas 18 capitais do país onde o Dieese realizou mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. As altas mais expressivas, entre dezembro de 2017 e 2018, foram registradas em Campo Grande (15,46%), Brasília (14,76%) e Belo Horizonte (13,03%). As menores variações positivas ocorreram em Recife (2,53%) e Natal (3,09%).