O Comando da Brigada Militar emitiu um documento de orientação aos batalhões para que suspendam, preventivamente, o pagamento de horas-extras aos agentes da corporação. Conforme a BM, a medida administrativa é prevista em um dos decretos assinados ontem pelo governador Eduardo Leite, que prevê a racionalização e controle de despesas de pessoal.
“A Brigada tem um volume grande de emprego de policiais e se demorar muito tempo pra uma definição talvez não conseguisse ajustar administrativamente as cargas horárias de trabalho. A Brigada, preventivamente, se organiza para evitar a necessidade de horas-extras”, explicou o tenente-coronel, Cilon Freitas da Silva, chefe de Comunicação Social da corporação.
O documento enviado aos comandantes dos batalhões é assinado pelo chefe do Estado Maior da BM, coronel Marcus Vinicius Sousa Dutra. “(…) informo que estão suspensas as despesas com HORAS-EXTRAS até orientação da Secretaria da Segurança Pública. Outrossim, destaco que NÃO DEVERÃO SER EMPREGADOS EFETIVOS em regime horas-extras até segunda ordem”, esclarece parte do texto.
O tenente-coronel Cilon reconheceu que a medida preocupa porque o pagamento de horas-extras é um dos recursos que a BM utiliza para ampliar as atividades. “Mas a Brigada já teve cortes e teve de lidar com essa situação. Nós atuamos sempre com o que é disponibilizado para o trabalho dentro dos nossos planejamentos”, disse Cilon, informando que a BM vai defender, junto ao governo, a manutenção do pagamento de horas-extras.