Privatizar a CEEE é oportunidade, diz secretária de Minas e Energia

Apesar das medidas de gestão que vêm sendo implementadas, patrimônio da CEEE-Distribuição é de R$ 2,09 bi negativos

Foto: Fernando C. Vieira / Grupo CEEE / Divulgação / CP

O patrimônio líquido da Companhia Estadual de Energia Elétrica – Distribuição (CEEE-D) até o mês de setembro deste ano apresentou resultado negativo de R$ 2,09 bilhões. Os números referentes à área de Distribuição e de Geração e Transmissão de energia da Companhia foram apresentados na manhã desta quinta-feira, na Secretaria Estadual de Minas e Energia, que fica no Centro Administrativo Fernando Ferrari, em Porto Alegre.

De acordo com a secretária de Minas e Energia, Susana Kakuta, a privatização da Companhia é uma oportunidade para que os gaúchos atendidos pela CEEE continuem tendo disponibilidade de energia sem enfrentar problemas. Segundo Susana, uma série de medidas vem sendo realizadas para a melhoria da gestão da companhia, pois caso ela venha a ser privatizada terá um valor maior no mercado.

“Nós entendemos que quanto melhor estiver a empresa – não só do aspecto da governança, mas também no econômico-financeiro – melhor será o resultado dela num processo de privatização. Na minha percepção, a privatização é uma grande oportunidade para que a parcela do Rio Grande do Sul que é atendida pela CEEE não tenha prejuízo nos seus investimentos”, explicou.

Para o presidente da CEEE, Urbano Schmitt, a Companhia está dimensionada acima da própria necessidade e tem uma estrutura muito grande que não cabe no preço da energia cobrada do contribuinte. “Ela está dimensionada acima da sua necessidade e é preciso adequá-la a isso”, disse o presidente.

No evento com jornalistas, o presidente da Companhia apresentou o Plano de Reestruturação Financeira da CEEE. Entre os pontos está a recuperação de dívidas que prefeituras têm com a empresa. Segundo Schmitt, neste ano, os municípios de Imbé e Tramandaí renegociaram valores que chegam a R$ 78 milhões. No entanto, a CEEE ainda busca mais de R$ 120 milhões de prefeituras que não pagaram as contas de luz.