Levantamento da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) mostra que a exportação de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) alcançou 63 mil toneladas em outubro, volume 8,1% acima das 58,3 mil toneladas exportadas em igual mês de 2017. Em receita, as vendas do décimo mês do ano chegaram a US$ 108,1 milhões, cifra 20,1% menor do que os US$ 135,4 milhões de outubro do ano passado.
As exportações em 2018, de janeiro a outubro, somam 530,5 mil toneladas, 10% a menos do que as embarcadas nos 10 primeiros meses de 2017. O saldo acumulado no ano chega a US$ 1 bilhão, cifra 27,7% menor do que o resultado de janeiro a outubro de 2017.
Hong Kong segue como principal comprador da carne suína brasileira. Com 137 mil toneladas importadas entre janeiro e outubro (26,3% do total), ampliou em 8% as compras no período. Destaque entre os mercados que apresentaram maior crescimento nas importações, a China foi destino de 131,1 mil toneladas em 2018, equivalente a 25,1% do total. As vendas ao mercado chinês cresceram 243% na comparação com o volume de janeiro a outubro de 2017.
Entre os países da África, Angola aparece como o principal destaque. Importou 33,4 mil toneladas (6,4% do total), volume 33% superior ao dos 10 primeiros meses de 2017. Na América do Sul, a Argentina, destino de 30,9 mil toneladas (5,9% do total), aumentou as compras em 17%, segundo o mesmo período comparativo.
“Além do bom desempenho nos mercados da Ásia, África e América do Sul, os próximos números das exportações de carne suína deverão ser influenciados, também, pela reabertura do mercado da Rússia, ocorrida no primeiro dia de novembro. Embora sejam clientes tradicionais do setor produtivo, os importadores russos deverão voltar com níveis de demanda semelhantes ao de um novo destino de exportação”, afirma Francisco Turra, presidente da ABPA.