O ministro da Saúde, Gilberto Occhi, disse hoje, em Duque de Caxias, no Rio, que vai sugerir à equipe de transição, na próxima semana, substituir as vagas abertas com a partida dos cubanos, no programa Mais Médicos, por profissionais formados com recursos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Segundo ele, o tema já passou por exame técnico e deve ser agora debatido em nível político.
O ministro não detalhou a proposta a ser apresentada à equipe do presidente eleito Jair Bolsonaro. O Fies é um fundo de financiamento para estudantes de baixa renda. Um período depois de formado, o estudante passa a pagar as mensalidades financiadas durante a graduação. O valor varia de acordo com a negociação prévia feita no momento da matrícula.
Exigências
O ministro disse que até a próxima terça-feira vai ser lançado o edital para a contratação de médicos nas vagas que surgirem com o desligamento de profissionais de Cuba. Eles devem ser substituídos por médicos brasileiros que tenham o número de inscrição no Conselho Regional de Medicina (CRM), obtido no Brasil e que possam fazer a opção de trabalhar no Programa Mais Médicos.
“Em um segundo momento, depois de um determinado período, vamos abrir para os médicos brasileiros formados no exterior. Acreditamos que existe um universo de cerca de 15 a 20 mil médicos aptos a participar do edital e a nossa ideia é fazer isso imediatamente ainda agora em novembro nós já temos médicos que tenham condições já escolhendo seus lugares para trabalhar.”
Vagas
Occhi indicou ter certeza de que as vagas serão ocupadas, ainda que em chamadas iniciais para o programa os médicos brasileiros não tenham apresentado grande interesse em participar.
De acordo com o ministro, o governo federal vai atuar em parceria com os municípios e a sociedade médica de uma maneira geral.