A variação do dólar e os custos com a geração de energia potencializaram o reajuste nas tarifas da Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica (CEEE), marcado para 22 de novembro. A justificativa é do diretor de Distribuição da CEEE, Daniel Vargas de Farias. A conta vai aumentar, em média, 7,35%.
Conforme o dirigente, o reajuste tarifário é basicamente a atualização dos valores relativos ao custo da geração, transmissão e distribuição de energia, além dos encargos. “Na composição da tarifa de energia elétrica, nós temos valores na fatura que são repassados para quem gera e para quem transmite energia, além dos encargos setoriais da Aneel e ainda toda uma questão de tributos que incidem sobre esta conta”, explica. “A parte da distribuidora de energia, que é a CEEE, é de 14% para fornecer toda a energia e a estrutura, realizando inclusive investimentos que nos últimos 12 meses foram na ordem de R$ 315 milhões na área de concessão”, garantiu.
Ainda conforme Farias, um dos pontos mais onerosos e potencializador do reajuste é a geração de energia. “Nós temos uma base estabelecida na questão hidrológica, são hidrelétricas, com um contrato importante que é o de Itaipu, então suscetível também à variação do dólar, que teve um aumento significativo nos últimos 12 meses, além das adversidades climáticas”, pondera.
“Toda vez que nós temos um período de estiagem muito grande, as energias mais caras – especialmente as térmicas – são acionadas e isto acaba vindo para a composição do valor de geração da energia. E nós, na distribuição, antecipamos este custo de maneira a arcar com este valor e depois, no reajuste tarifário, isto é compensado”, explicou.