Os servidores vinculados à Superintendência Regional do Trabalho no RS realizaram um protesto na manhã desta segunda-feira contra a possível extinção do Ministério do Trabalho. A proposta de incorporar a Pasta a outros ministérios é um dos objetivos do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).
Servidores da Superintendência Regional do Trabalho no RS protestam contra a possível extinção do Ministério do Trabalho, proposta pelo presidente eleito Jair Bolsonaro. Os servidores dizem estar preocupados com a retirada dos direitos sociais dos trabalhadores.@RdGuaibaOficial pic.twitter.com/KlWZzYapJ5
— Carlos Machado (@_carlos_machado) November 12, 2018
O ato iniciou por volta das 10h, em frente à sede da entidade em Porto Alegre, que fica na Avenida Mauá, no Centro Histórico. Os servidores carregavam balões pretos e uma faixa com dizeres contrários ao possível fechamento da Pasta.
Segundo o diretor do Sindicato dos Trabalhadores Federais da Saúde, Trabalho e Previdência no RS (SINDISPREV-RS), Lucas Conti Arioli, o Brasil enfrenta uma crise de desemprego e o fechamento do Ministério pode prejudicar a execução de políticas para a criação de vagas. “Os riscos que nós vemos são de precarização dos direitos sociais que essa instituição assegura. Esse ataque vem de outros governos e não é apenas o Ministério do Trabalho que está sendo atacado, mas também a Justiça do Trabalho e o Ministério Público do Trabalho”, afirmou Arioli.
Por volta das 10h45, os servidores da Superintendência começaram a ocupar a Avenida Mauá toda a vez que o sinal fechava para alertar os motoristas que passavam pelo local sobre a extinção da Pasta e soltaram balões pretos. Não houve retenção do trânsito, já que a via era liberada quando a sinaleira abria para os veículos.
Na última quinta-feira, os servidores do Ministério do Trabalho, em Brasília, deram um abraço simbólico ao redor do edifício principal na Esplanada dos Ministérios. Foi uma reação coletiva ao anúncio do presidente eleito, Jair Bolsonaro, de extinguir a pasta e desmembrá-la em pelo menos três áreas – Educação, Economia e uma terceira a ser definida.
