O deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS) entregou hoje os primeiros 22 nomes da equipe de transição, por parte do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), para o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, durante reunião no Palácio do Planalto. São nomes, em maioria, das áreas econômica e de infraestrutura. A relação é mantida sob sigilo.
“Tivemos a possibilidade de conversar com as áreas técnicas da Casa Civil, o que nos permitiu uma visão dos avanços obtidos e vai permitir que o presidente Jair Bolsonaro tenha condições de decidir o que será implementado no curto, médio e longo prazo”, disse Onyx.
O parlamentar vai assumir a Casa Civil e também virou interlocutor da equipe de Bolsonaro com a do governo do presidente Michel Temer. Ao lado de Padilha, Onyx vai conduzir os trabalhos de transição.
De acordo com Onyx, Bolsonaro viaja a Brasília na próxima semana para conversar com o presidente Michel Temer e dar continuidade à definição da estrutura ministerial. “Ele já vai na próxima semana dar as primeiras sinalizações em relação tanto à estrutura ministerial quanto aos principais programas, projetos ou áreas que ele vai determinar que a equipe de transição se foque prioritariamente.”
O encontro entre Padilha e Onyx começou por volta das 16h30min, no gabinete da Casa Civil, no quarto andar do Planalto. É a primeira vez que representantes dos governos atual e eleito se reúnem.
Nomes
Os nomes serão submetidos à análise da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), como é praxe em caso de contratações pela União. Em seguida, as nomeações serão publicadas no Diário Oficial. Os trabalhos entre técnicos dos dois governos ocorre no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) de Brasília. No local, há 22 salas.
Ainda não há definição se o presidente eleito vai indicar nomes paras todas as 50 vagas que pode preencher.
Processo
Padilha afirmou que o processo de transição começou oficialmente hoje ao receber os primeiros nomes da equipe de Bolsonaro. “Queremos fazer uma transição com tranquilidade e dando condições as maiores possíveis para o novo governo.”
O presidente Michel Temer e os ministros já haviam manifestado a intenção de realizar uma transição “tranquila” e “transparente”, informando todos os atos que o governo já realizou e que ainda estão em andamento, as receitas e despesas do Estado e as propostas para reduzir o déficit no setor público.
A reforma da Previdência é uma dessas propostas, que pode ser encampada ainda este ano, caso o atual governo concorde com o texto atual, em trâmite no Congresso. Bolsonaro indicou que quer dar continuidade ao tema no Congresso.