A agência de classificação de risco Moody’s Investors Service avaliou que o presidente eleito, Jair Bolsonaro, deve criar mais confiança entre os investidores e reduzir a volatilidade cambial, mas advertiu que “um Congresso fragmentado ainda representa um risco para as reformas” que o país precisa.
De acordo com o relatório da Moody’s, falta maior clareza quanto à definição de como vai ser a condução da gestão pública e da economia. A agência também associa essa indefinição aos desafios a serem enfrentados no próximo ano em relação ao gasto fiscal, reforma da Previdência e o apoio político no Congresso.
“Apesar de Bolsonaro não ter articulado integralmente a sua agenda para a política econômica, os investidores têm a percepção de que ele provavelmente buscará políticas pró-mercado, beneficiando vários setores da economia”, escreveu a vice-presidente da Moody’s, Samar Maziad.
A economista adverte que a capacidade de uma coalização em torno das reformas ainda não foi testada. Na análise, o novo governo deve ter dificuldades para um acordo nesse sentido.
O comunicado salienta ainda a previsão de recuperação econômica moderada, de melhora no mercado de trabalho e de redução nos custos do crédito. Entre os agentes econômicos, especialistas dizem que há otimismo com o futuro mandato de Jair Bolsonaro.