Eduardo Leite mostra ter pressa. Menos de 24 horas após ser eleito governador do Rio Grande do Sul, o tucano declarou, em entrevista para o programa Esfera Pública, da Rádio Guaíba, que pretende iniciar a transição de governo o mais rápido possível, de preferência ainda nesta semana. “O momento é de trabalhar redobrado na estruturação do governo, no refinamento dos projetos que vamos implementar e na escolha do secretariado. Vou procurar o governador (José Ivo) Sartori para darmos início a este processo.”
Questionado sobre nomes para o secretariado, Leite respondeu de forma descontraída que, se revelar, os jornalistas ficarão em pauta. Porém, disse que pretende se debruçar primeiramente na definição da Secretaria da Fazenda e da Casa Civil, áreas consideradas estratégicas e, sobre o perfil, destacou que serão pessoas com habilidade política e com alta capacidade técnica.
Entre os tópicos a serem debatidos com a equipe do atual governador, Eduardo Leite ressaltou que a manutenção da atual alíquota de ICMS é um dos primeiros itens que exige definição. O governador José Ivo Sartori deve encaminhar o projeto para a Assembleia Legislativa em breve. Os deputados terão até 31 de dezembro para votar. O tucano defende a renovação por mais dois anos. “Nós falamos disto na nossa campanha. Precisamos desta manutenção para depois estruturar uma redução gradual”.
Primeiro dia
Eduardo Leite contou que acordou com dois sentimentos: gratidão e responsabilidade. “Gratidão pela confiança depositada pela população, pelo carinho e afeto recebido nesta campanha. Ao mesmo tempo, sinto a enorme responsabilidade que é governador o Estado para honrar as expectativas de um povo que anda tão sofrido.”
PSDB
Eduardo Leite sabe que o nome dele ganhou projeção nacional. Ele contou que vai ajudar na revisão e reformulação do partido em nível nacional, mas frisou que a prioridade é governar para os gaúchos e gaúchas. O PSDB ganhou o governo de São Paulo, com João Doria e perdeu em Minas Gerais, com senador Anastasia. Nacionalmente, nos estados e no Congresso o PSDB teve um desempenho abaixo de outras eleições.