Conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 642.495 (9,48%) pessoas votaram nulo neste domingo no Estado; 298.456 (4,41%) votaram em branco; e 1,5 milhão de eleitores (18,87%) nem apareceram para votar. No total, 2.516.777 gaúchos não escolheram nenhum dos dois candidatos. Isso corresponde a 30,13% do total de eleitores, que é de 8,3 milhões.
Para o cientista político e professor da Unisinos, Bruno Lima Rocha, um dos motivos do alto número de eleitores que não fez escolha é que os votantes dos grupos de esquerda e centro-esquerda não se sentiram representados por nenhuma candidatura. “No caso do Rio Grande, a gente tem uma tradição de bipolaridade e na modificação dessa bipolaridade – ou seja, na ausência do conflito PT e centro-direita – ficou uma parte muito importante de eleitores sem representação no segundo turno”, avaliou o professor.
Governador eleito, Eduardo Leite (PSDB) saiu vitorioso da disputa com 3,12 milhões de votos, o que equivale a 53,62% dos votos válidos. Já o candidato que buscava a reeleição, José Ivo Sartori (MDB) teve o apoio de 2,7 milhões, o que equivale a 46,38% dos válidos.
Considerando os votos dos eleitores do RS para a presidência da República, 2,19 milhões de gaúchos não votaram nem em Jair Bolsonaro (PSL), nem em Fernando Haddad (PT). Isso equivale a 26,3% do total de eleitores do Estado. No RS, o presidente eleito teve 63,24% dos votos válidos; já o petista alcançou 36,76%.
