O presidente nacional do PROS, Eurípedes Júnior, se apresentou à Polícia Federal, em Brasília, na manhã desta terça-feira. Alvo de mandado de prisão da Operação Partialis, deflagrada no dia 18 de outubro, Eurípedes Júnior não ficou detido, em função da lei eleitoral.
A legislação veta prisões ou detenções, exceto em casos de flagrante delito ou se houver sentença criminal condenatória por crime inafiançável ou desrespeito a salvo-conduto. No domingo, o País volta às urnas para o segundo turno das eleições para presidente e governador.
O código eleitoral estabelece que nenhuma autoridade pode, desde cinco dias antes e até 48 horas depois do encerramento da eleição, prender ou deter qualquer eleitor.
Eurípedes chegou à PF acompanhado da defesa, que entrou com um pedido de revogação da prisão. O presidente do PROS prestou depoimento e deixou a superintendência.
A Operação Partialis mira em um suposto esquema de desvios de mais de R$ 2 milhões em contratos da prefeitura de Marabá para compra de gases medicinais no interior do Pará. Parte dos valores pode ter sido destinada à compra de uma aeronave por João Salame Neto, ex-prefeito de Marabá. A suspeita é de que, com a suposta ajuda de assistentes, ele tenha ocultado a compra por meio da venda do avião ao PROS, partido dirigido por Eurípedes.
Quando decretou a prisão de Eurípedes, o juiz Heitor Moura Gomes da 2ª Vara Federal de Marabá afirmou ver indícios de que, em liberdade, o mandatário da sigla pode ocultar vestígios da compra de um avião com recursos da saúde destinados pela união ao município no interior do Pará.