O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Jorge Mussi, decidiu, na noite desta sexta-feira, abrir ação de investigação da compra de disparos em massa de mensagens contra o Partido dos Trabaçhadores (PT) pelo WhatsApp. Mussi atendeu, assim, a um pedido do PT contra o adversário Jair Bolsonaro (PSL). Ontem, o jornal Folha de S. Paulo publicou reportagem segundo a qual empresas de marketing digital custeadas por empresários estariam disseminando conteúdo em milhares de grupos do aplicativo.
Jorge Mussi concedeu prazo para que a campanha de Bolsonaro apresente defesa prévia. Com a decisão, os fatos serão investigados no decorrer normal do processo eleitoral no TSE.
O ministro, no entanto, negou pedido de medidas cautelares feito pelos advogados do PT. Mussi rejeitou todos os pedidos de quebra de sigilo bancário, telefônico e de prisão dos supostos envolvidos por entender que as justificativas estão baseadas em notícias de jornal e não podem ser decididas liminarmente.
“Observo que toda a argumentação desenvolvida pela autora está lastreada em matérias jornalísticas, cujos elementos não ostentam aptidão para, em princípio, nesta fase processual de cognição sumária, demonstrar a plausibilidade da tese em que se fundam os pedidos e o perigo de se dar o eventual provimento em momento próprio, no exame aprofundado que a regular instrução assegurará”, decidiu o ministro.