A Prefeitura de Porto Alegre realiza uma campanha para detectar e tratar casos de sífilis nesta quinta e sexta-feira. A ação acontece no Largo Glênio Peres, junto ao Mercado Público, no Centro Histórico.
Além de testes para detectar a infeção por sífilis, são disponibilizados exames de HIV e hepatite C, das 9h às 17h, em seis espaços para coleta de sangue e oito consultórios com profissionais de saúde, que estão orientando o público. Promovida pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a campanha é motivada pelo Dia Nacional de Combate à Sífilis, doença que muitas vezes não apresenta sintomas e tem crescido em Porto Alegre e em outras cidades do Brasil.
Também haverá orientações de prevenção, distribuição de preservativos e atividades educativas. Em caso de confirmação de sífilis, será possível iniciar o tratamento na hora, com a primeira dose de penicilina. Com o tema “Sífilis: nem sempre ela é visível”, a ideia é ampliar a conscientização da população para uma doença de fácil identificação e tratamento, mas que continua produzindo muitas vítimas, principalmente entre recém-nascidos. Na dúvida, o melhor é fazer o teste.
A forma mais segura de se proteger da transmissão da sífilis é usar camisinha na relação sexual. A sífilis é transmitida por uma bactéria e tem três fases de desenvolvimento, podendo inicialmente não apresentar sintomas. Se não for tratada, no entanto, pode comprometer vários órgãos, como olhos, pele, ossos, coração, cérebro e sistema nervoso. A doença é transmitida na relação sexual sem camisinha, compartilhando agulhas ou seringas ou da mãe infectada para o bebê, durante a gravidez ou no parto, nesse caso chamada de sífilis congênita, que pode causar aborto, má-formação do feto e até a morte do bebê.
No ano de 2016, foram notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) 87.593 casos de sífilis adquirida no Brasil. Desses, 10.571 casos são do Rio Grande do Sul e, 1.507 casos só de Porto Alegre. Em relação à taxa de detecção neste mesmo ano, o Rio Grande do Sul ocupou o primeiro lugar com as maiores taxas (93,7 casos/100 mil habitantes) e Porto Alegre foi a quinta capital com taxa de detecção mais elevada (120 casos/100 mil habitantes), ultrapassando quase três vezes a média nacional (42,5 casos/100 mil habitantes). Em 2017, Porto Alegre teve 1.558 casos de sífilis adquirida notificados no Sinan, sendo 793 do sexo masculino e 765 do sexo feminino. Confira outras informações no boletim epidemiológico.