O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) abriu à imprensa e a eleitores, na tarde desta quarta-feira, um processo de auditoria de urnas eletrônicas que foram objeto de reclamação e denúncias formais no 1º turno das eleições de 2018. Foram realizados cinco testes que verificaram o sistema, os lacres e a comprovação de que todos os candidatos à Presidência da República tiveram os números e fotos registrados no dispositivo.
De acordo com Daniel Wobeto, secretário de Tecnologia de Informação do TRE, após o recebimento de reclamações e denúncias, o Tribunal entendeu ser necessário explicar que muitos dos problemas que causaram dúvida sobre a segurança das urnas decorreram de procedimentos incorretos dos eleitores. Wobeto explica que alguns não votaram na ordem certa, principalmente digitando para governador o número do candidato que queriam escolher para presidente.
Na sexta-feira, das 7h30min às 17h, o TRE executa uma votação paralela (simulação de votos), reproduzindo o resultado de uma das urnas utilizada no primeiro turno, em Porto Alegre, escolhida por sorteio. Conforme Wobeto, a ação é realizada para validar a soma correta.
Também geraram estranheza e motivaram denúncias dos eleitores, conforme Wobeto, os sons que a urna emite ao completar cada voto. O secretário explicou que, por ter pouco contato com a urna (apenas de dois em dois anos), o eleitor se sente inseguro no momento de exercer a democracia.
Além disso, Wobeto salientou as filas e a demora na votação devido a problemas no sistema de biometria. Conforme o secretário, em Porto Alegre, por exemplo, cresceu para 60% o número de eleitores votando com biometria.