Motoristas do Samu anunciam greve em Bento Gonçalves

Servidores afirmam que salário de R$ 1,1 mil fere a Constituição

Motoristas contratados por uma empresa terceirizada para operar no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Bento Gonçalves entraram em greve na noite desta segunda-feira. Os profissionais reclamam do valor oferecido pela empresa Pró-Ativa pela hora de trabalho: R$ 6. Os 11 servidores paralisaram os serviços às 21h e decidiram que nenhuma ambulância sairá em atendimento.

As reivindicações dos condutores envolvem, entre outras coisas, salário base e periculosidade. Conforme o presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Ambulâncias do Rio Grande do Sul, Alessandro Rosa, há um ano os trabalhadores enfrentam problemas no pagamento de salários. O sindicato orientou a conversarem com a gestão municipal e os empregadores. “Enviamos representante do nosso departamento jurídico à prefeitura para fazer a intermediação, mas a empresa não fez nenhum contato”, afirma.

O dirigente conversou ainda nesta segunda-feira com representantes da empresa e cobrou uma solução para o impasse com os funcionários. “Eles têm um monte de contrato, com valores bem altos, e pagam um salário ridículo, de cerca de R$1,1 mil”, ressalta. “A empresa está pagando um salário muito baixo, é inconstitucional, fere o artigo 7º da constituição”, acrescenta. Segundo Rosa, representantes da empresa devem buscar acordo com o sindicato nesta terça-feira.