O advogado gaúcho Marco Alfredo Mejía, um dos que compõem a defesa do pedreiro Adelio Bispo de Oliveira, agressor confesso do candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro, informou à Rádio Guaíba que entregou à Justiça, na tarde de hoje, mais um pedido de teste de sanidade mental do cliente, dessa vez acompanhado de um laudo médico, elaborado por um psicanalista de São Paulo.
Conforme o advogado, o pedido partiu exclusivamente dele, em nome da equipe do escritório Fernando Magalhães e Zanoni Advogados, que defende Adélio.
Conforme Mejía, a ideia é abrir um incidente de sanidade para que o acusado receba tratamento médico enquanto cumpre a pena. “Não estamos pedindo a liberdade de Adelio, apenas tratamento durante o tempo de cárcere do preso”, completa o advogado.
Na sexta passada, a Polícia Federal concluiu que o autor da facada que atingiu Bolsonaro agiu sozinho no dia do crime, por motivação política. O ataque ocorreu no dia 6, quando o candidato fazia campanha na região central de Juiz de Fora. Ele recebeu uma facada no abdômen em meio ao tumulto que se formou em volta dele no ato político.
Detido no mesmo dia, Adélio segue um presídio federal em Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul. Foram quatro interrogatórios desde então. Também foram analisados um laptop, quatro celulares e dois chips apreendidos com ele além da conta bancária, e-mails e postagens em redes sociais, sem que tenham sido identificadas movimentações atípicas em dinheiro.
Ainda assim, a Polícia abriu um novo inquérito, na última terça, para investigar o autor confesso do ataque. O objetivo é apurar fatos decorrentes das investigações realizadas até agora. Essa segunda investigação, com prazo de 30 dias prorrogáveis, busca averiguar se Adélio teve alguma ajuda material ou no planejamento do atentado.