O tucano Eduardo Leite é o segundo candidato ao Palácio Piratini a conceder entrevista ao programa Direto ao Ponto, da Rádio Guaíba. Durante 42 minutos, o candidato apresentou as propostas da coligação Rio Grande da Gente (PSDB, PTB, PPS, PP, PHS, Rede e PRB), focando em temas como saúde, educação, segurança pública e finanças. Mencionou os índices de aprovação alcançados como prefeito de Pelotas, na Metade Sul, e as ações administrativas que pretende repetir caso seja eleito governador.
Entre as questões apresentadas, a promessa de criação de uma secretaria especial para tratar de assuntos penitenciários, em separado da Secretaria de Segurança Pública. “Precisamos criar mais presídios, precisamos atacar o problema, é preciso investir pesadamente em segurança pública, mas também tratar o problema quando ele já existe, o que significa investir na recuperação dos apenados”. Ainda nesse quesito, criticou a forma como hoje se dá o funcionamento da Cadeia Pública de Porto Alegre, que acaba servindo para que o crime se fortaleça.
O candidato do PSDB garantiu que vai colocar os salários do funcionalismo em dia já no primeiro ano de governo. Sobre educação, relembrou que 80% da oferta no Brasil é pública, e que é preciso melhorar esse serviço. “Temos que melhorar a educação pública, e saber quais são as necessidades das escolas em cada parte do Rio Grande do Sul”, ponderou. A respeito de impostos, garantiu que vai diminuir a carga tributária para os gaúchos durante seu governo.
No tema saúde, elencou alguns pontos colocados em prática na cidade de Pelotas, durante a atuação dele como prefeito do município da metade Sul. Sobre o caso dos exames pré-câncer em Pelotas, disse que “é um caso de polícia”.
Disse ainda que a Prefeitura da cidade exigiu o retorno das lâminas dos exames, para que se possa comprovar que os testes não foram realizados corretamente, a partir de novas testagens. Asseverou que em nenhum momento chegou ao seu conhecimento qualquer denúncia oficial sobre o problema, e que o laboratório responsável era o único credenciado pelo SUS para tal serviço na região, e realizava esses trabalhos há quase 20 anos.
Leite também falou sobre a necessidade de reduzir a carga tributária como instrumento para redução do custo de produção e, assim, reduzir a política de benefícios fiscais. “Ela é válida, mas tem de ser trabalhada com transparência”, disse. Também defendeu a prorrogação, por dois anos, dos valores das alíquotas de ICMS, como forma de estimular a economia dos municípios.
Sobre o Regime de Recuperação Fiscal, disse que é preciso que seja executado, mas não concorda com a forma como está sendo posto pelo atual governo. Relembrou que é preciso organizar as finanças durante o período de carência e não apenas empurrar o problema durante os anos de prazo.