O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) abriu à imprensa, na tarde desta sexta-feira, o processo de carregamento e auditoria das urnas eletrônicas que vem sendo realizado na Capital. Na ocasião, foram finalizados os equipamentos referentes à 113ª zona eleitoral de Porto Alegre. Hoje é o último dia dessa etapa do processo eleitoral, anterior ao transporte das urnas para os locais de votação.
O presidente do TRE-RS, Jorge Luis Dall’Agnol, esteve presente e exemplificou as etapas de instalação e verificação de software, além das auditorias realizadas em urnas sorteadas aleatoriamente. Ainda reforçou a segurança das urnas eletrônicas: “as dúvidas são infundadas, é impossível hackear as urnas porque elas não são ligadas à internet. Elas funcionam como calculadoras antigas, é um sistema de computação de dados. Além disso, há uma série de barreiras de segurança, se uma é ultrapassada, todo o sistema fica inviabilizado”, afirmou.
Também estiveram presentes o juiz eleitoral da 113ª seção, Luis Antônio Gomes da Silva, e o promotor Marcos Centeno, que participaram da auditoria realizada na ocasião. Ademais, asseveraram que no dia do pleito mais uma auditoria vai ser feita em urnas espalhadas pelo Estado para garantir a lisura do processo. Essas auditorias consistem em “bater os dados” inseridos pelo software com os dados da Justiça Eleitoral.
Cada cidade fica responsável pela preparação das urnas nos locais de votação. Muitos municípios pequenos são vinculados a cartórios eleitorais maiores, e nesses casos já recebem os equipamentos prontos. Ainda vale lembrar que determinadas zonas eleitorais abrangem mais de uma cidade, também pela questão do número reduzido de eleitores de municípios menores, o que permite esse agrupamento.
Já em Porto Alegre ocorre o contrário: são dez zonas eleitorais e aproximadamente 3,3 mil seções apenas na Capital. Em todo o Rio Grande do Sul, são 164 zonas e aproximadamente 28 mil seções. Cada seção conta com uma urna, que recebe aproximadamente o voto de 400 eleitores. Além das urnas principais, 10% delas são preparadas como “contingência”, para o caso de haver problemas nos equipamentos.
Além disso, 426 cidades gaúchas já vão operar com o voto totalmente biométrico neste pleito. As demais terão o chamado sistema híbrido, em que poderão votar tanto eleitores que já fizeram o cadastro biométrico como aqueles que ainda não realizaram o procedimento.
A Justiça Eleitoral estima que cerca de 167 mil eleitores do Rio Grande do Sul não tenham realizado o recadastro em municípios nos quais ele já era obrigatório, perdendo o direito ao voto. Entretanto, relembra que nesse total estão inseridos cidadãos que já faleceram e desobrigados de comparecer às eleições (como no caso dos idosos com mais de 70 anos). No País, o total chega a 3,4 milhões. Durante a semana, o Supremo Tribunal Federal (STF) descartou anular a decisão do TSE de cancelar os títulos dos que perderam o prazo para a biometria obrigatória.