O ministro da Defesa, general Joaquim Silva e Luna, disse hoje que nove estados já pediram ajuda das Forças Armadas para a segurança nas eleições de 2018. Segundo o ministro, a previsão da pasta é que o número de pedidos possa chegar a 13 ou 14 – metade do total de 27 unidades da federação. Ele afirmou que todas as solicitações serão atendidas pelo governo.
Luna participou da 15º Conferência Internacional de Segurança do Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro, e disse que um contingente de até 30 mil militares pode ser empregado para garantir a segurança durante o deslocamento de eleitores e de urnas eletrônicas em outubro.
“Estamos trabalhando para que a eleição transcorra em clima de normalidade e para que as pessoas possam se deslocar para o local de votação.”
O ministro disse ainda que não cabe às Forças Armadas aceitar ou não aceitar o resultado da eleição, mas apenas garantir que as instituições funcionem. Ele destacou que “a Bíblia das Forças Armadas é a Constituição Federal” e que não existe risco de os militares não reconhecerem o resultado do pleito.
“Não há risco nenhum de as Forças Armadas quererem aceitar ou deixar de aceitar aquilo que é legal ou institucional”, disse ele.
O ministro respondeu a jornalistas sobre uma declaração dada pelo comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. Na entrevista, Villas Boas afirmou que o atentado contra o candidato Jair Bolsonaro (PSL) contribuiu para criar dificuldades para que o novo governo tenha estabilidade e pode gerar até questionamentos à legitimidade da eleição após a divulgação do resultado.
Luna e Silva disse que a fala teve tom conciliatório e expressou a preocupação de todos os brasileiros de que a a eleição transcorra em clima de normalidade.