O juiz Bruno Savino, da 3ª Vara da Justiça Federal da Subseção Judiciária de Juiz de Fora (MG), autorizou a realização de um laudo de sanidade preliminar por um médico particular sobre Adélio Bispo de Oliveira, acusado pelo atentado contra o candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL), no início do mês. Preso no dia do ataque, ele agora é objeto de investigação pela Polícia Federal. Bispo permanece em um presídio federal em Campo Grande (MS).
A defesa recorreu à possibilidade do laudo por médico particular depois que Savino negou a avaliação completa de saúde mental. O objetivo dos advogados é tentar justificar a necessidade do procedimento completo da saúde mental do acusado. Adélio Bispo assumiu o atentado. Em um dos depoimentos, afirmou ter sido motivado por “Deus”.
Na decisão de hoje, o juiz federal argumentou não ver “indícios da alegada insanidade”, citando como exemplo a lucidez demonstrada pelo acusado na audiência de custódia. Mas autorizou o laudo técnico “para subsidiar a decisão desse juízo acerca da instauração ou não de incidente de insanidade”.
Savino destacou que a medida é um procedimento preliminar, não sendo ainda a avaliação de saúde mental propriamente dita. Caso o juiz assim decida, abre-se de fato uma análise da condição médica do acusado. Nesse caso, acusação e defesa serão chamadas a apresentar as posições e indicar assistentes técnicos para debater esse quesito.
Bolsonaro levou uma facada em 6 de setembro quando fazia campanha na cidade mineira.