Em nota, a Prefeitura de Porto Alegre anunciou hoje um reforço na Operação Tapa-Buracos, a partir desta quarta-feira. O número de equipes passou de seis para nove, dividindo-se entre as regiões Centro, Sul/Leste e Norte, com a meta de utilizar 13,1 mil toneladas de concreto quente de setembro a dezembro (quatro vezes mais que o total aplicado de janeiro a agosto).
De acordo com a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Mobilidade Urbana (Smim), o investimento vai atingir R$ 10,1 milhões. Até o fim do ano, devem ser aplicadas 16,4 mil toneladas de concreto quente.
A Prefeitura justifica a defasagem de 2017 e do primeiro semestre de 2018 citando contratos atrasados da gestão anterior, licitações sem interessados e a nova política de reajustes da Petrobras sobre produtos asfálticos, o que encareceu os serviços.
Pelo menos três licitações foram desertas, lembra o secretário de Infraestrutura e Mobilidade Urbana, Luciano Marcantônio. “Duas questões provocaram a dificuldade de encontrar fornecedores: o histórico de problemas de pagamento pela prefeitura e a nova política de reajuste de preços da Petrobras, única fornecedora de CAP (cimento asfáltico de petróleo) do Brasil”, disse.
Em agosto, a Prefeitura homologou um novo edital de licitação para a compra de 3 mil toneladas de CAP, possibilitando a execução de 50 mil toneladas de concreto a quente. Parte desse material vai ser usado até dezembro e o restante, no ano que vem.
Recuperação do revestimento asfáltico vai custar R$ 133 milhões
A Prefeitura também salienta que muitos buracos surgem em função de a rede subterrânea ser antiga e precária. Para isso, o Município elaborou um projeto que deve recuperar 76 km de vias arteriais com revestimento asfáltico. A previsão é de que as obras se iniciem no ano que vem, a partir da liberação de R$ 133 milhões.
Desse montante, R$ 25 milhões virão do saldo de um financiamento junto ao Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), R$ 23 milhões do projeto Avançar Cidades, do Ministério das Cidades, e R$ 85 milhões de recursos próprios ou de financiamentos a serem captados, detalha a Prefeitura.