O Partido Social Liberal (PSL), do candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro solicitou à Polícia Federal que avalie a necessidade de estender a proteção para outros integrantes da família. No sábado, após o atentado à faca a Bolsonaro, em Juiz de Fora, na quinta-feira, a PF informou que o efetivo de escolta dos presidenciáveis deve aumentar de 21 para até 25 policiais, por candidato.
A informação sobre o pedido de ampliação da escolta aos familiares do candidato foi dada pelos filhos dele, os deputados federais Flávio e Eduardo, na sede da PF em Brasília. “Enquanto as investigações não chegam a uma conclusão ou a alguma coisa mais transparente, é obvio pra todo mundo que a tendência é reforçar a segurança”, disse o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), ao completar: “Enquanto a gente não tiver esclarecimento com relação a isso eu acho que todos nós somos alvo”.
Os filhos do candidato à presidência pelo PSL se reuniram com o diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro, na tarde de hoje, para saber detalhes da investigação sobre o atentado contra Jair Bolsonaro, atingido na região abdominal em meio a uma atividade de campanha na cidade mineira.
“O doutor Galloro nos tranquilizou dizendo que está tudo sendo feito num prazo dentro do mais razoável possível e isso aconteceu há apenas quatro dias e dentro desses quatro dias, tudo que eles conseguiram recolher e que ainda está em análise pode ser que mude o curso das investigações. Ele só confirmou o que a própria imprensa havia dito, que é um réu confesso, toda materialidade está presente nos autos e qualquer fato novo que surja ele nos tranquilizou que nós seremos imediatamente avisados”, afirmou o deputado federal Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), ao deixar a Polícia Federal, em Brasília.
Candidato ao Senado pelo Rio de Janeiro, Flávio enviou um oficio à secretaria de Segurança do Rio solicitando uma avaliação sobre a necessidade de proteção, antes do atentado contra o pai, e aguarda um posicionamento. “Estou aguardando essa posição por parte da Secretaria de Segurança do Rio e se houver necessidade vou pedir sim um reforço à Polícia Militar do Rio ou à Polícia Civil para que garanta o meu direito de candidato de continuar indo para as ruas fazer campanha”.
Histórico
O candidato recebeu uma facada no abdômen desferida por Adélio Bispo de Oliveira. Operado, ainda em Juiz de Fora, para estancar uma hemorragia em veia abdominal, Bolsonaro teve o intestino delgado costurado e parte do intestino grosso retirada. Um dia após o atentado, ele foi transferido para um hospital de São Paulo, onde está internado na unidade de terapia intensiva.
O autor do ataque foi preso pela Polícia Militar logo após o crime. A Polícia Federal (PF), responsável pela segurança do candidato, abriu inquérito para investigar o caso. No sábado, Adélio Bispo foi transferido, pela PF, para a penitenciária federal de segurança máxima de Campo Grande.