O agressor do deputado e candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL), Adélio Bispo de Oliveira, vai ser transferido para um presídio federal de segurança máxima. A informação é do deputado Delegado Francischini (PSL), líder do partido na Câmara, que acompanhou a audiência de custódia, na Justiça Federal, em Juiz de Fora, na tarde desta sexta-feira.
“A audiência terminou, a juíza [Patrícia Alencar] deferiu a continuidade da prisão do Adélio, que tentou matar Jair Bolsonaro. É uma primeira vitória nossa. Claro que num crime complexo como esse não esperávamos mais do que a firmeza da doutora Patrícia, que manteve a prisão e determinou a transferência do Adélio para um presídio federal de segurança [máxima]. Ele vai ser removido agora pelo Ministério da Justiça. Não sabemos ainda para qual”, disse Franceschini, ao final da audiência, que durou cerca de uma hora e meia.
A juíza manteve o indiciamento do agressor pelo Artigo 20 da Lei de Segurança Nacional, que dispõe sobre “praticar atentado pessoal ou atos de terrorismo, por inconformismo político”, que prevê pena de prisão de 3 a 10 anos, podendo ser dobrada, se o fato resultar em lesão corporal grave, ou triplicada, se resultar em morte.
Segundo o deputado, é importante garantir a integridade física do agressor, para que não haja “queima de arquivo na cadeia”, pois há suspeita de que ele possa ter agido em comum acordo com outras pessoas, tendo inclusive a possibilidade de que exista um mentor intelectual por trás da tentativa de assassinato de Bolsonaro.
Franceschini disse que quatro advogados assistiram Adélio na audiência e concordaram com transferência dele para um presídio federal.