
O atacante Paolo Guerrero, que está impedido de jogar futebol nos próximos oito meses por conta de uma punição do Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), esteve no Peru neste final de semana e, segundo informações do diretor executivo do Inter, Rodrigo Caetano, se reuniu com o presidente do Peru, Martín Vizcarra.
Segundo Caetano, a nova estratégia para ao menos diminuir o período de oito meses de suspensão é fazer com o hotel onde Guerrero ingeriu a substância proibida assuma a culpa no caso. O jogador deve ir à Suíça nos próximos dias acompanhado de advogados e depois retornará a Porto Alegre.
Doping e a origem da suspensão
Em outubro de 2017, quando atuava pela seleção peruana, Guerrero foi flagrado no antidoping pelo uso de benzoilecgonina, o principal metabólico da cocaína. Em novembro, acabou suspenso preventivamente por 30 dias.
“Está descartado o uso de cocaína, isso não conta mais. A quantidade (encontrada de benzoilecgonina) é muito pequena, não chega a ser considerado doping”, revelou Guerrero meses depois.
No dia 8 de dezembro de 2017, a Fifa revelou uma suspensão de um ano para o jogador que o proibia de atuar em clubes e seleções até 3 de novembro de 2018. Entretanto, os advogados do peruano apresentaram um recurso e a punição caiu para seis meses, que já haviam sido cumpridos.
Porém, o Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) e, em maio, última instância da Justiça desportiva, ampliou a punição para 14 meses. O TAS revelou em nota que confia que Guerrero tenha ingerido a substância em um chá de coca, mas optou pela pena devido à negligência do atleta.