Em dias de chuva, a situação no Terminal Triângulo, na zona Norte de Porto Alegre, fica ainda mais complicada para quem depende do transporte público. Na plataforma principal do local, parcialmente destelhada desde um temporal ocorrido em dezembro de 2014, é necessário guarda-chuva aberto na espera pelo ônibus.
A costureira Márcia da Paixão Gonçalves, de 46 anos, mora em Gravataí e trabalha na Capital. Diariamente, usa dois ônibus para chegar ao emprego. Há quatro anos, utiliza o espaço, que fica cada vez mais precário, segundo ela. “Temos que ficar na beirada para conseguir enxergar o ônibus e sem nenhuma proteção. O jeito para não se molhar é deixar o guarda-chuva aberto mesmo”, reclama. Márcia não entende a demora no restauro. “Nunca mais fizeram nada. Já passou da hora.”
Trabalhando há 13 anos nas proximidades do Terminal, o instrutor Paulo Casagrande, de 53 anos, relata que a situação só piora. Ele atua no atendimento ocupacional a pessoas com deficiência e lembra que, além dos defeitos na cobertura da estrutura, há dificuldades de acesso pelas escadas, com corrimão enferrujado em função das chuvas. Edgar da Silva Maciel, 20 anos, viu uma oportunidade: está vendendo guarda-chuvas no local para que as pessoas possam se proteger.
A Secretaria Municipal de Infraestrutura e Mobilidade Urbana informou que busca recursos para encaminhar a licitação da reforma estrutural do telhado do Terminal Triângulo.
